Hoje assisti ao documentário “Zeitgeist – The Movie”, lançado em 2007, que é dividido em três partes, Parte I – A Maior História Já Contada, Parte II – O Mundo Todo é um Palco e Parte III – Não se Preocupe com os Homens Atrás das Cortinas.
Gostei bastante e recomendo, assim que conseguir, irei assistir aos outros dois documentários que o sucederam.
As partes II e III tratam de teorias da conspiração (que, por incrível que pareça, fazem muito sentido), mas o que mais me interessou foi a parte I, que eu vou tentar resumir para vocês:
Desde o ano 10.000 a.C., o Sol sempre foi, sem dúvida, o objeto mais adorado de todos. Todavia, os povos estavam também atentos as estrelas, e estas, por sua vez, formavam padrões que permitiam “prever” eventos que acontecem periodicamente.
Com vastos conhecimentos astrológicos, estes povos formaram então a “cruz do zodíaco”, representando o trajeto do Sol, através das 12 constelações no decorrer de um ano, os 12 meses, as 4 estações, os solstícios e os equinócios.
As primeiras civilizações, não só acompanhavam o Sol e as estrelas, como personificavam através de mitos, seus movimentos e relações.
Um exemplo da personificação do Sol é Horus, o Deus Sol egípcio (3.000 a.C.):
-Nasceu dia 25 de Dezembro da virgem Isis-Meri;
-Seu nascimento foi acompanhado por uma estrela ao Leste;
-3 reis seguiram esta estrela para chegar até seu berçário;
-Aos 12 anos, era uma criança prodígio;
-Aos 30 foi batizado por Anup e começou seu trabalho;
-Tinha 12 discípulos e viajou com eles;
-Fez milagres como curar enfermos e andar sobre as águas;
-Se autodenominava “A verdade”, “A luz”, “Filho de Deus”, “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, entre outros;
-Depois de traído por Tifão, foi crucificado, morto por três dias e ressuscitou;
Horus foi o primeiro Messias ou divindade com essas características, até onde sabemos, mas não foi o último:
-Attis, da Phygiria, nasceu da virgem Nana, em 25 de Dezembro, crucificado, morto por 3 dias, ressuscitou.
-Krishna, Índia, nasceu da virgem Devaki com uma estrela assinalando sua chegada, fez milagres, teve discípulos e ressuscitou.
-Dionísio da Grécia, nasce de uma virgem 25 de dezembro, fez milagres como transformar água em vinho, conhecido como “Rei dos Reis”, “Filho de Deus”, entre outros, ressuscita.
-Mithra, Pérsia, nasce de uma virgem 25 de Dezembro, teve 12 discípulos, fez milagres, ressuscitou apos 3 dias.
Esses, dentre muitos outros, foram “antecessores” do mais famoso, e último dos “Messias solares” Jesus Cristo.
Mas a questão é: Por que estes atributos? A resposta é puramente astrológica.
A estrela guia é Sirius, a estrela mais brilhante do céu, que em 24 de dezembro se alinha com as 3 estrelas mais brilhantes do cinturão de Órion, conhecidas como “3 reis” apontando para o nascer do Sol. A Virgem, é a constelação.
Outro fenômeno importante que ocorre nesta época é o solstício de inverno. Desde o solstício de verão, os dias ficam mais curtos e frios pois o Sol vai nascendo cada vez mais ao sul. Dia 22 de dezembro, o Sol atinge seu ponto mais baixo no céu, e deixa de se movimentar por três dias, permanecendo nas redondezas da constelação do Cruzeiro do Sul. Só dia 25 de dezembro que o Sol volta a se movimentar, mas dessa vez para cima, ocasionando dias maiores e mais quentes, iniciando a primavera. E assim se diz que o sol morreu na cruz (cruzeiro), esteve morto por três dias e ressuscitou.
Todavia, não se celebra a morte e ressurreição dos Messias solares até o equinócio de primavera, isso porque é só aí que o sol atinge finalmente o seu ápice, causando dias maiores e mais calor.
Outra analogia bastante óbvia entre as histórias dos deuses com o Sol são os 12 discípulos, que representam as 12 constelações do zodíaco, onde o messias, sendo o sol, viaja junto.
Outra analogia extremamente importante, é a de Eras:
Os povos antigos, descobriram que, a cada 2150 anos (ou uma Era), o equinócio de primavera ocorria numa constelação do zodíaco diferente. De 4.300 a.C. até 2.150 a.C. foi a Era de Touros; de 2.150 a.C. até 1 a.C. foi a Era de Áries; de 1 d.C. até 2.150 d.C. é a Era de Peixes;e a Era de 2.150 até 4.300 d.C. será a Era de Aquário.
No velho testamento, é citada uma passagem em que Moisés se irrita ao ver seus discípulos adorando um bezerro de ouro. Essa passagem se dá pois Moisés representaria a passagem da Era do Touro (bezerro), para a de Áries.
Jesus, por sua vez, simboliza a passagem para a Era de peixes (simbolizado por 2 peixes). Porisso Jesus alimenta 5.000 pessoas com pão e dois peixes; os seus dois primeiros discípulos são pescadores; o fato de só se poder comer peixe (e não carne bovina) na sexta-feira santa; o milagre que Jesus opera no barco pesqueiro, entre outros. O nascimento de Jesus, é, na verdade, o nascimento desta Era, e quando em Lucas 22:10 Jesus, ao ser questionado quando voltará, responde: “Eis que quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água. Segui-o até em casa em que ele entrar.” Está, na verdade, se referindo a Aquário, representada por um homem carregando um cântaro de água, e o “fim do mundo”, nada mais é do que o fim desta Era.
2 comentários:
Zeigeist e' interessante, porem contem tanta falsidade que fica dificil levar a serio qualquer parte dele. Por exemplo: o Sol jamais chega perto do Cruzeiro do Sul. Pegue um simulador como Stellarium e verifique. Alias, o Cruzeiro do Sul sequer e' visivel da Europa...
As lendas sobre as outras divindades "analogas" a Jesus Cristo nao sao como Peter Joseph as apresenta. E por ai vai... Mesmo que ele tenha razao em algum ponto, a manipulacao nas outras partes e' grande demais para sentir-se confortavel.
O Cruzeiro do Sul encontra-se bem próximo do Pólo Sul Celeste, o que faz com que ele só seja visto do hemisfério sul ou de regiões do hemisfério norte bem próximas do equador terrestre.
Mas isso não foi sempre assim. A Terra, além de seus movimentos mais conhecidos de translação e rotação, realiza vários outros movimentos menos notáveis, entre eles o de precessão. Devido a esse movimento, os dois pontos no céu para os quais o eixo de rotação da Terra aponta (os pólos celestes sul e norte) não são fixos em relação às estrelas.
O Pólo Sul Celeste tem se aproximado gradativamente, através dos séculos, do Cruzeiro do Sul; fazendo com que cada vez mais essa constelação seja vista predominantemente do hemisfério sul.
Em 3000 AC o Cruzeiro do Sul podia ser visto da região onde hoje se encontra Londres. No século I de nossa era, pela última vez o Cruzeiro do Sul pode ser visto de Jerusalém.
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