sábado, 19 de dezembro de 2009

Efeito Placebo





            Placebo é um medicamento, cirurgia ou tratamento “falso”, que não possui realmente propriedades de cura, mas que acaba causando efeito graças a crença do paciente de que ele realmente funciona.
            Como um exemplo,  podemos citar um comprimido de amido ou açúcar, que é dado ao paciente como analgésico, antitérmico ou até mesmo antiinflamatório, e acaba por realizar realmente o efeito esperado de um destes medicamentos.
            Segue um exemplo verídico de como um placebo pode ser eficaz:


            “Sr. Wright, o qual estava acometido de mal generalizado e avançado envolvendo os nodos linfáticos, linfossarcoma. O Sr. Wright desenvolveu uma resistência a todos os tratamentos paliativos conhecidos e sua anemia o impedia de esforços com raios-X ou tratamento quimioterápico. Massas tumorais do tamanho de uma laranja já existiam no pescoço, axilas, virilha, peito e abdômen. O baço e o fígado estavam enormes e o duto torácico obstruído. A impressão, diz Dr. Philip West que acompanhou pessoalmente o caso, é de que ele estava em estado terminal e não-tratável.


Contrariando isso tudo, o Sr. Wright se encontrava menos desesperançado que seus médicos e pediu para ser incluído em um grupo de pesquisa que iria testar uma nova droga, o Krebiozen (que depois se demonstrou ser uma preparação inócua e sem utilidade). Os médicos não o consideraram qualificado para o experimento, já que não contavam que seu câncer pudesse regredir, depois de tudo já ter sido tentado. Sua expectativa de vida era de duas semanas, não mais que isto. Mas o Sr. Wright havia lido nos jornais que a clínica estava pesquisando o Krebiozen e implorou para ser colocado entre os que iriam receber a droga.


Ele mostrou enorme entusiasmo ao chegar a droga e implorou tanto que, contra todas as regras, seu médico acabou concordando em incluí-lo. 


Dr. West, então, permitiu que ele recebesse injeções da droga, sendo que a primeira foi numa sexta feira, quando o médico, segundo conta Dr. Rossi em seu livro, foi para casa imaginando que na segunda feira, com quase toda certeza, infelizmente encontraria o paciente já sem vida. Mas, para surpresa de Dr. West, o Sr. Wright estava à sua espera. Sem febre, nada abatido, andando normalmente. Nenhuma mudança para pior foi observada. As massas de tumor haviam desaparecido, mostrando uma regressão mais rápida que o médico pudesse até mesmo entender.


O Sr. Wright teve alta e foi para casa, quando saiu novamente nos jornais que o Krebiozen era inócuo. O homem teve uma recaída e retornou ao hospital. Desta vez, porém, foi o médico quem propôs que ele retomasse as injeções de Krebiozen, alegando que a droga surtia efeito e que o que saíra no jornal era referente a um lote da droga com validade ultrapassada. Dr. West fez isso porque sabia que seu paciente saíra do estado terminal para voltar para casa são, graças à esperança que ele depositava na nova droga, e sabia também que nada mais poderia ajudá-lo. Novamente, a doença do Sr. Wright regrediu, diante das injeções. A recuperação, segundo o médico, foi ainda mais intrigante, pois as massas tumorais se dissolveram, o fluido no peito se extinguiu e ele voltou a andar. O caso do Sr. Wright teve um final pouco auspicioso,  já que acabou falecendo, semanas depois de ter novamente sido veiculado no jornal – que ele tomou conhecimento – de que o Krebiozen realmente não tinha função alguma.”

Bem, sabemos que o Efeito Placebo existe, e que é extremamente poderosa, inclusive contra doenças graves e difíceis de tratar, mas como ele funciona?
Isso ainda é um mistério e causa de muitas discussões na medicina, mas existem algumas hipóteses:

É tudo psicológico.
Essa hipótese diz que apenas o nosso psicológico e o poder da mente humano seriam capaz de curar doenças, quando o paciente realmente acreditasse nisso. Sabemos que os nossos pensamentos podem afetar o nosso sistema hormonal e imunológicos, ocasionando uma melhora, ou pelo menos impressão de melhora no nosso organismo.

É tudo emocional.
Essa hipótese diz que, o placebo faz efeito simplesmente pela sensação que ele dá a pessoa de que ela esta sendo tratada, diminuindo a ansiedade, a solidão e a depressão. O que causa efeitos positivos no organismo do paciente.

 A cura é natural.
Muitas vezes, as doenças, até algumas consideradas graves, se curam sozinhas, mesmo quando não tratadas ou tratadas erroneamente. Sendo assim, achamos que elas tenham sido curadas pelo placebo, quando, na verdade, foram naturalmente curadas.

A eficácia do placebo também não é um consenso na comunidade médica, mas varia de 30 a 60% do poder de cura de um medicamento realmente eficaz.

Por que estou postando isso?
Pois o efeito placebo é capaz de “explicar” uma grande parte dos supostos “milagres” existentes. Se considerarmos milagre curas que não são ainda explicadas pela medicina. Logo temos uma lacuna a menos para o seu Deus. 


Por que não ocorrem milagres convincentes, como crescerem de volta uma perna ou um olho perdidos? Por que as curas se limitam a doenças que poderiam regredir mesmo sem intervenção divina? A medicina não explica? E daí? Um dia explicará. E, em não explicando, por que a única outra alternativa seria o milagre?” Dr. Dráuzio Varella

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Você gosta de ser respeitado?

Pois é, nós também!

Você sabe qual deles é Ateu?

TODOS!
Somos milhões no Brasil, centenas de milhões no mundo.


A idéia desta propaganda foi tirada da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos.
É uma entidade sem fins lucrativos sediada virtualmente no site www.atea.org.br, registrada no 1º Oficial de Registro de São Paulo/SP e na Receita Federal - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Surgiu da necessidade crescente de ateus se organizarem e conta atualmente (setembro de 2009), com mais de 800 associados. Foi fundada em agosto de 2008, mas o registro só aconteceu em novembro pois o processo é bastante burocrático e moroso. Bem antes disso, muitos papos aconteceram nas listas de discussão da STR e Secularismo, a idéia de fundar uma ONG ateísta é bem antiga e permeia não apenas essas listas, mas diversos fóruns de ateísmo e ceticismo pela internet brasileira. Até onde sabemos todas as tentativas anteriores fracassaram por motivos como falta de acordo entre as pessoas envolvidas e falta de empenho em efetivar o registro da entidade. Os Associados Fundadores, Daniel Sottomaior, Alfredo Spínola e Mauricio Palazzuoli, se conheceram através dessas mesmas listas de discussão e desde então discutiram a necessidade e viabilidade de uma organização, daí surgiu a ATEA.

É uma associação de direito privado, constituída por tempo indeterminado, sem fins econômicos, de caráter organizacional, filantrópico, assistencial, promocional, recreativo e educacional, sem cunho político ou partidário, com a finalidade de desenvolver atividades no campo da ordem social que busquem promover o ateísmo, o agnosticismo e a Laicidade do Estado.

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos tem como objetivos:

  • Congregar ateus e agnósticos, defendendo seus interesses e direitos, em todo o território nacional, bem como nos países ou estados independentes onde o Estado Brasileiro possui representação diplomática;
  • Combater o preconceito e a desinformação a respeito do ateísmo e do agnosticismo, dos ateus e dos agnósticos;
  • Auxiliar a auto-afirmação dos ateus e agnósticos frente ao preconceito e a rejeição sociais;
  • Apontar o ateísmo e o agnosticismo como caminhos filosóficos viáveis, consistentes e morais;
  • Promover sistemas éticos seculares;
  • Promover a laicidade efetiva do Estado, combatendo em todas as esferas legais qualquer tipo de associação que seja contrária ao descrito na Constituição da República Federativa do Brasil;
  • Promover o pensamento crítico e o método científico; e
  • Defender os direitos legais de ateus e agnósticos podendo participar e contribuir com as instituições democráticas legalmente descritas e fundamentadas na Constituição da República Federativa do Brasil, fazendo sugestões, participando de discussões sociais e representando ações públicas ou privadas sempre com base nos objetivos descritos e fundamentados no estatuto.

Essa organização vem criando uma campanha para ônibus assim como aquela que ficou famosa em Madrid e saiu até no Jornal Nacional. Interessados em contribuir é só acessar o site.
Ateu também é gente. Vamos acabar com a discriminação. Os direitos são iguais para todos.

É possível viver com o ateísmo. Com o preconceito não!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Big Bang e a Criação do Universo




Pobre e incompreendida Teoria do Big Bang, constantemente atacada por pessoas que sequer almejam saber o que ela diz e porque é a teoria mais aceita sobre o início do universo que conhecemos.
            O motivo pelo qual as pessoas possuem repulsa pelo Big Bang é claro, e se trata exatamente do mesmo motivo que faz as pessoas terem repulsa pela Teoria da Evolução:
            Ambas as teorias contradizem suas crenças pessoais. Apesar de nenhuma das duas teorias excluírem a possibilidade de haver um deus criador, ambas eliminam a necessidade desse deus e mostram que, mesmo se houver, ele é completamente diferente do relatado em seus livros sagrados.
            E se, mesmo com a Teoria da Evolução, que já é uma teoria aceita por toda a comunidade científica, com centenas de evidências a seu favor, que resiste a centenas de anos a ataques proferidos por pessoas ignorantes sobre o assunto, ainda temos certa resistência de certas pessoas em aceitá-la; imaginem então o que será da Teoria do Big Bang, que se opõe as crenças religiosas ainda mais claramente, e que, por outro lado, possui ainda menos evidências e aceitação no mundo científico. É uma teoria ainda incompleta e incompreendida até mesmo pelos seus idealizadores, trata de um acontecimento extremamente antigo (cerca de 15 bilhões de anos atrás) que sobre o qual não sabemos quase nada.
            Pretendo, neste texto, passar a vocês uma explicação superficial sobre esta teoria, de maneira que todos possam entender:

         
            Durante muito tempo, acreditava-se que o Universo era fixo e estático, sendo igual desde o “início dos tempos” e permanecendo igual até o “fim dos tempos”.
Hoje sabemos que todas as galáxias estão se afastando umas das outras em uma velocidade bastante rápida, e que, quanto mais afastadas, maior a velocidade com que elas se afastam. Mais ou menos com o que aconteceria se colássemos algumas bolinhas de papel em uma bexiga vazia e depois a enchêssemos. 
Com alguns cálculos, chegamos a conclusão de que a aproximadamente 15 bilhões de anos atrás, todo o universo estava reunido em um único ponto, de volume nulo e densidade infinita (algo semelhante com o que ocorre na morte de uma estrela e nascimento de um buraco negro) que chamamos de ovo cósmico ou singularidade.
Este ovo cósmico era sujeito a sua própria atração gravitacional, tornando-se cada vez menor, mais denso e mais quente. Até que chegou a um certo ponto em que a matéria e a energia contida neste minúsculo ponto entrou em colapso e passou do processo de contração para o de expansão. Neste processo, surgiu o nosso Universo. 
Como sabemos (graças a teoria da relatividade), o tempo é relativo, e é apenas mais uma dimensão do nosso Universo, portanto, antes do Big Bang, não havia o conceito de tempo.
Outro fator importante é que, antes do Big Bang, as leis e princípios físicos não existiam, tendo sidos criados após a expansão do ovo cósmico e apenas “dentro” deste ovo, antes disso não há como saber (ainda) que tipos de leis governavam, ou como este ovo cósmico surgiu (ou até mesmo se ele surgiu ou sempre existiu).

Alem da expansão das galáxias, temos algumas outras evidências de que ocorreu a singularidade do Big Bang:
-       Fontes de Rádio e contagens de quasares vs fluxos.
-       A radiação cosmológica de fundo.
-       Abundância de elementos leves.

            A Teoria do Big Bang prevê dois possíveis fins para o Universo, o Big Crunch e a expansão infinita.
A hipótese do Big Crunch sugere que com o passar do tempo a força gravitacional dos corpos no interior do Universo será maior do que a força de expansão do Universo, invertendo novamente o processo de expansão para o de contração, resultando em um novo ovo cósmico. 
Mas a gravidade possui um limite de distância sobre o qual pode atuar, alguns cientistas acreditam que a distância entre as galáxias já ultrapassou este limite, ou que a expansão do Universo vai ocorrer além deste limite. Como resultado, o Universo não voltaria a singularidade, mas ficaria em eterna expansão.
Mas seja qual for o nosso fim, não temos que nos preocupar com ele agora, já que este ocorrerá daqui a muitos (e bota muitos nisso) anos, provavelmente muito tempo depois da raça humana ter se extinguido, da Terra ter virado algo parecido com Marte e a supernova do Sol ter destruído o Sistema Solar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Faculdade para poucos.

Todos devem saber do caso da Geisy, mas vamos a uns detalhes.

Jeito de estudante se portar levou à expulsão, diz Uniban
O assessor jurídico da Uniban, Décio Lencioni Machado, afirma que a falta de uma postura ética de Geisy Arruda causou sua expulsão.

Por que a decisão?

Por meio dos depoimentos dos alunos, professores, funcionários e mesmo dela, constatou-se que a postura dela não era adequada há algum tempo. O foco não é o vestido. Tem menina que usa roupas até mais curtas. O foco é a postura, os gestos, o jeito de ela se portar. Ela tinha atitudes insinuantes.

Como assim?

Ela extrapolava, rebolando na rampa, usando roupas que os colegas pudessem verificar suas partes íntimas. Isso tudo foi dito em vários depoimentos e culminou no que ocorreu no dia 22 de outubro. Foi o estopim de uma postura recorrente da aluna.”
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E se a Geisy for uma puta, ela não pode cursar uma faculdade so por esse motivo? Hipocrisia nesse país é o que há. Eles extrapolaram na hora dessa decisão, porque não simplesmete conversar com ela, e pedir pra que ela parasse de ir desse jeito? O nome da noticia deveria ser “Puta é expulsa da faculdade”.
Vivemos em um país onde profissionais do sexo não podem fazer um curso superior e sim ficar o resto da vida exercendo o que ela sabem de melhor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Moral Divina



Moral: convicção íntima ou coletiva, que atribui valores positivos ou negativos a determinadas condutas e pensamentos humanos.

Há quem diga que nossa moral provém de algum tipo de divindade, da Bíblia, ou, pelo menos, que se não existe alguém ou algo para nos vigiar e julgar a todo momento, seríamos selvagens assassinos egocêntricos sem moral alguma. Há quem diga também que o medo do inferno e o desejo do céu é o freio para o ego.
Mas será que isso é mesmo verdade? Será que, se não fosse pelo medo de um castigo eterno, seríamos assim tão maus? Será que todos os ateus bons são exceções, ou todos eles seguem a moral porque temem, inconscientemente, o inferno?
Bem, pra começar, Deus (me refiro exclusivamente ao deus judaico-cristão) e principalmente a Bíblia, estão longe de ser exemplos de moralidade para os dias de hoje, por um motivo óbvio, foi escrita há muito tempo atrás. É normal que um livro escrito na época que a escravidão era aceitável e rentável, faça apologia a escravidão. É normal que um livro escrito por homens ignorantes em diversos sentidos seja machista e homofóbico. Mas não é normal que esses valores sejam admitidos no mundo em que vivemos hoje, que um livro que faça apologia ao sacrifício (tanto animal quanto humano), à escravidão, ao machismo, à homofobia, às guerras e diversas outras coisas que consideramos hoje imorais, seja simplesmente adotado por pessoas que se consideram boas.
Eu sei que a grande maioria dos cristãos, até mesmo os mais fanáticos, não defende todas as “leis” mais absurdas da Bíblia, como apedrejar pessoas, sacrificar crianças inocentes, torturar, guerrear, matar, etc., apenas as partes “aceitáveis”, mas, se temos que usar nossos próprios princípios para selecionar as partes boas das tais leis divinas, então nossa moral não vem da Bíblia, mas de dentro de nós. Nós já sabemos o que é certo e o que é errado, a única diferença é que, a Bíblia, nos promete uma punição severa, e, por medo, muitas pessoas escolhem o “caminho da luz”.
Mas, seguindo essa linha de raciocínio, deveríamos ver por aí ateus (pessoas que não tem medo do inferno) cometendo todo o tipo de atrocidades justificadas com a impunição eterna.. Por que isso não ocorre?
Porque, definitivamente, não é o medo que faz com que nos comportemos bem. Talvez a ciência não possa explicar a vontade de fazer o bem em nossos corações, a satisfação que o amor, a amizade, o altruísmo, ... nos trazem. Mas sabemos que elas não provém do medo ou da ganância, até porque se viessem, não teriam valor algum.

“Se somos bons apenas por temermos o castigo e almejarmos uma recompensa, então somos seres realmente detestáveis” Albert Einstein.

E as pessoas más que têm em sua religião um freio para seus instintos destrutivos? 
Em um mundo sem religião, essas pessoas teriam que achar outro freio, possivelmente mais verdadeiro e sólido do que uma religião. E além disso, a religião de maneira geral não diminui a criminalidade. Posso afirmar que tudo o que a religião inspira de bom, é “apagado” pelo que ela provoca de ruim. E não falo só da inércia mental, mas das coisas ruins que a religião provocou e provoca até hoje em nossa sociedade.
Não posso negar que a religião é algo bom para algumas pessoas, mas posso afirmar que para cada ato bom inspirado pela religião em uma pessoa ruim, temos, pelo menos, um ato ruim inspirado em uma pessoa boa. 

 “Com ou sem religião teremos sempre boas pessoas fazendo coisas boas e más pessoas fazendo coisas más. Mas para termos boas pessoas fazendo coisas más, para isso é preciso uma religião” Steven Weinberg

Mas então, de onde vêm os sentimentos bons? Quais as regras éticas e morais que devemos seguir, e por quê?
Essas são questões que intrigam filósofos, antropólogos e sociólogos desde o início das civilizações. No seu livro “Bilhões e Bilhões”, Carl Sagan dedica um capítulo, “As regras do jogo”, a esse assunto, e nele, Carl cita algumas “regras”, que podemos escolher seguir.

Regra de ouro: Faça aos outros aquilo que você gostaria que fizessem a você.
Regra de Prata: Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam a você.
Regra de Bronze: Faça aos outros o que te fazem.
Regra de Ferro: Faça aos outros o que quiseres, antes que façam o mesmo com você.

Claro que nenhuma dessas regras é capaz de resumir um código de ética, mas, é inegável que o mundo chegaria muito próximo da perfeição se todo seguissem a regra de ouro ou, pelo menos, a de prata. Até mesmo a de bronze é aceitável. O grande problema é que a grande maioria das pessoas segue algo parecido com a regra de ferro, literalmente “ferrando” com as pessoas que seguem as regras de ouro, prata e bronze.
De qualquer forma, sabemos o que é certo e o que é errado, mesmo sem ler em nenhum livro sagrado, e, na grande maioria das vezes, fazemos o que é certo, independentemente de haver ou não alguém nos vigiando. Portanto, a religião não torna o mundo melhor, nós tornamos. E é claro que eu devo ressaltar também que, mesmo que isso fosse verdade, e nossos conceitos morais fossem retirados da Bíblia, isso não significaria que ela é verdadeira. 

Separei pra vocês alguns trechos da Bíblia que mostram que ela definitivamente não pode ser tomada como “verdade absoluta” e nem como exemplo de moral:

“Se alguém ferir com pau seu escravo e o indivíduo morrer em sua mão, será punido, porém, se ele sobreviver por um ou dois dias, não será punido, porque é propriedade sua” (Êxodo 21:20,21)

“Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia será o sábado de descanso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia de sábado fizer algum trabalho, deve ser morto” (Êxodo 31:15)

“Levarás a tua porta quem tiver cometido esta maldade [crer em outros deuses], e o apredejarás até a morte” (Deuteronômios 17:2,7)

“Ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais. E ajuntarás todo o despojo no meio da sua praça; e a cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente para o Senhor teu Deus.” (Deuteronômios 13:13,19)

“E aquele que blasfemar o nome do Senhor deve ser morto, toda a congregação deve apedrejá-lo” (Levitico 24:16)

“Qualquer um que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, deve ser morto” (Levitico 20:9)

“O homem que adulterar com a mulher de outro, deve ser morto, tanto o adúltero, quanto a adúltera” (Levitico 20:10)

“Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos terão praticado abominação, devem ser mortos” (Levitico 20:10)

“Se teu olho te fizer pecar, arranca-o, e lança-o de ti. É melhor entrar na vida com um só olho, do que tendo dois olhos, ser lançado no fogo do inferno” (Mateus 18:9)

         “As mulheres tem de ser submissas aos seus maridos” (I Pedro 3:1)

         “Se uma mulher é dada como esposa a um homem e este descobre que ela não é virgem, então será levada para a casa de seu pai e a apedrejarão até a morte” (Deuteronômios 22:20,21)

        “E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos, e suas casas serão saqueadas e suas mulheres violentadas” (Isaías 13:16)

        “Agora pois, matar todo homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. Porém, todas as meninas que não conheceram nenhum homem, deixa-as viver para vós” (Números 31:17,18)

       “E aconteceu, à meia noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos, desde o primogênito do Faraó, que se sentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais” (Êxodo 12:29)

      “E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades [Sodoma e Gomorra], e o que nascia da terra. E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal” [Genesis 19:25,26)

      “E disse o Senhor: destruirei o homem que criei sobre a Terra, desde o homem até o animal, até ao réptil, até as aves do céu, porque me arrependo de os haver feito” (Genesis 6:7)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cogito, Ergo Sum

Qual a sua maior certeza?

Você tem certeza de algo?



Certeza é uma daquelas palavras difíceis de dar significado, tal qual “existência”, “deus”, “tempo”, “bom”, etc. porque, tanto quanto todas essas palavras, certeza é algo bastante relativo.
Certeza é algo muito extremo, pois elimina qualquer possibilidade de “falha”.



Você pode ter certeza que seu time vai ganhar o campeonato (oi palmeirenses), certeza que vai ser promovido no trabalho ou que vai tirar 10 na prova? Obviamente não.
              Você tem certeza que vai morrer algum dia? De que é filho de seus pais? Que é humano? Não.
            Você tem certeza que o mundo existe? Que eu existo? Que você existe? Bem, para responder essa questão, teríamos que responder outra ainda mais subjetiva: O que existe? O que é a existência?


Existe uma “teoria” filosófica (solipsimo) que afirma que todo o universo a sua volta é fruto da sua imaginação, que você é, na verdade, o único ser pensante e que todo o resto não existe, é delírio. Ridículo? Nem tanto. 



Eu não acredito realmente nisso, mas não deixa de ser uma teoria curiosa.
             Você facilmente encontra um louco que tem plena certeza de que é deus, Napoleão, o que o seu amigo imaginário realmente existe. Mas, peraí, quais as chances de eu ser um louco, e tudo que eu vivo ser uma alucinação?


Improvável? Sim. Impossível? Não.
            Sabemos muito bem que nosso cérebro é capaz de criar ilusões tão reais quanto qualquer coisa que você seja capaz de sentir, ver, pegar, etc. Sabemos que grande parte das nossas visões são produzidas e interpretadas por nossos cérebros, assim como nossa audição, olfato, paladar, etc. e sabemos que existem pessoas com alucinações tão “reais” quanto o que é real para você.



Sem contar que tudo o que nós sabemos, nos foi ensinado por alguém, que aprendeu com outro alguém, e assim sucessivamente. Todas as informações são susceptíveis a manipulação, por exemplo, você tem certeza que 1+1=2? E se, na verdade, 1+1=3, e todos estiverem enganados, ou te enganando? E se existir um feiticeiro do mal que lançou um feitiço na cabeça de todos para que todo mundo achasse que 1+1=2 e que feiticeiros não existem?

Pensando nisso, René Descartes formulou sua frase mais conhecida: “Penso, logo existo.”. De muitas interpretações possíveis para esta frase, a mais provável seja que, a única certeza que eu posso ter, é de que existo, pois se não existisse, não estaria aqui pensando nisso. Todo o resto é duvidoso. Todo o resto pode ser fruto de algum delírio, ou pode ter sido posto na minha cabeça por qualquer evento externo.

Portanto, pense bem antes de afirmar algo “com certeza”.
A existência ou inexistência de Deus torna-se pífia quando a sua própria existência, e a do Universo, é colocada em xeque.

PS: Antes que me interpretem mal, não quero convencer ninguém de que o mundo não existe, nem eu mesmo acredito nisso. Desejo apenas mostrar que nada é certo, todos os conceitos são vulneráveis e que não existe certeza absoluta. 
Você consegue conviver com isso?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

É possível viajar no tempo?


Existem várias teorias falando de viagens no tempo, pro futuro e para o passado, mas ao certo ninguém sabe se é possível, são realmente só teorias. Mas umas das teorias mais plausíveis que eu conheço, é a viagem pelo buraco negro. Mas o que é um buraco negro? Buracos negros são pontos no espaço que possuem a gravidade excessivamente alta e por isso atraem tudo para seu centro, inclusive a luz, por isso buraco negro, pois nem a luz escapa dele. Os buracos negros também atraem o espaço, comprimindo-o em um local só, sendo assim o tempo também é diminuído, pois o tempo que levaria de ir para um lugar para o outro não existe mais, pois tudo está em um lugar, sendo assim possível a viagem no tempo. Bom isso é somente uma teoria, quem sabe no futuro não poderemos viajar pelo tempo, paro o futuro e para o passado desfazendo as catástrofes cometidas pelo homem.